Author: Silvana Bighetti Bozza
•22:49
Recebi essa foto, já faz um tempinho e nem lembro de quem....
Daquelas coisas... que a gente deixa pra depois.
Não é muito meu feitio, aliás, as pessoas que me conhecem, sabem que é tudo para ontem, detesto  rabo para traz e a minha expressão favorita é :
- Quero liquidar logo o assunto!
Essa sou eu... quase o tempo todo, mas, de vez em quando, alguma coisa me pega e fica alí no cantinho, esperando o momento certo.
Vira e mexe , dou uma sapiada, e depois ....volto a guardar, coisas de Sil !
Até que hoje, quando olhei a foto  de
novo, tive que parar e sonhar...


Tanta história aconteceu,
bem debaixo do "pé da árvre" , que uma ideia me ocorreu ....
que mistério é esse?
nem sei qual era a "árvre", que ninguém teve interesse?
Jequitiba Mimoso, Pau Ferro , Mangueira?
Acássia, Flamboyant, Ipê ou Seringueira?
E pela escrita "simprória",
quem será essa pessoa, que pra mim, se encheu de "grória".
Se era "home ou muié", foi  o único "afinar",
que escreveu o seu protesto,  nesse verso "radicar".
E se a "árvre" lá morava, morava nela tanta gente,
o Sabia Laranjeira, a Maritaca e o Duende.
O  Sanhaço e o"Beija Flô" viviam por lá passando,
estavam sempre com pressa , o assunto logo encerrando.....
Tinha 2 ou 3 espécies de borboleta,
acredite "ocê" , uma era da grande e  outra era violeta.
As "orquídea" foram "pendurada" pela Dona Fulana,
 que não era a dona da "árvre", mas que no "finar" se chamava Silvana.

Tinha Joaninha, Taturana, tinha até Formiga Correção...
Essa formiga pica doído e sobe na gente que nem  rojão.
Tinha "Abeia trabaiando", pra fazer favo de "mer",
o danado tava escondido, parecia láaaa no "cér"......
Ah...essa "árvre" tem historia, quanta gente foi lá "namora",
a energia era tanta , que só de encosta nela, começava logo a "beija".
De vez em quando, aparecia "arguém" que queria se "livra" do "mar oiado", do cansaço e  da solidão.
A árvore "escuitava", ajudava e rezava, junto com o cidadão....
"Inté" que um dia , o vizinho da frente cansado da sombra no portão,
arrancou a  "árvre" da gente, deixando pra traz , a dor no coração.